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As novas expectativas familiares trazem demandas educacionais relevantes e afetam a sobrevivência do modelo de negócio de muitas escolas. O risco de falência está batendo à porta de metade dos colégios de pequeno e médio portes no Brasil; segundo levantamento da Editora do Brasil, as escolas particulares do país perderam 10% dos alunos durante a pandemia da Covid-19. E esse número tende a aumentar.
Por Claudio Sassaki
A pandemia tornou a educação visível para diferentes atores do ecossistema escolar. Os pais estão mais próximos e enxergando o processo de aprendizagem em detalhes; os professores – em busca de alternativas de avaliação a distância – estão vendo o quanto o aluno aprendeu ou não; a escola passa a ser cobrada por essa efetividade no aprendizado e começa a se questionar. Estamos falando do início de uma nova Era da Educação: um período que será marcado pela transformação. A sala de aula rompeu as fronteiras da escola e nada será como antes. Essa é a face mais clara da transformação. Não será o velho diagrama de aula, dependente de um material didático estático e na prestação de serviços educacionais. A experiência da educação durante a pandemia alterou as relações; no futuro pós-Covid, os educadores terão que lidar com novas exigências trazidas pelas próprias famílias e pelos alunos. Essa conversa já começou dentro de muitos lares brasileiros.
Na nova Era da Educação teremos famílias com novas expectativas que demandam uma escola mais conectada (o aluno pode aprender de qualquer lugar); mais visível (dados e acompanhamento de resultados do aprendizado em tempo real); mais personalizada (respeitando e incentivando a individualidade do estudante); e mais ativa (focada em habilidades e competências). Esses elementos resultam em uma formação mais integral, que une conteúdo acadêmico e socioemocional. Devemos trabalhar com uma modalidade mais híbrida – presencial e remota, juntas – com melhor uso da tecnologia para essa educação fluida e interconectada. A concepção de que o ensino-aprendizagem ocorre somente nas quatro paredes da sala de aula não faz mais sentido. Na prática, as escolas têm que se diferenciar; mostrar que não se resumem a um material e a uma plataforma. Essa nova educação exige reinvenção! A experiência precisa ser mais ampla.
Esse é um ponto muito relevante, porque toca na sobrevivência de um modelo de negócio. O risco de falência está batendo à porta de metade das escolas de pequeno e médio portes no Brasil. Levantamento conduzido pela Editora do Brasil com 821 escolas brasileiras – na última semana de junho – mostra que os estabelecimentos particulares perderam, em média, 10% dos alunos (informação de mais de 60% dos respondentes); 19,7% dos entrevistados apontaram uma perda de 30% dos estudantes. Foram demitidos 300 mil professores; a queda em matrículas atinge, sobretudo, a educação infantil. Ressalto que esses foram os impactos até aquele momento; ou seja, essa situação tende a se agravar. Vejo que as escolas com alunos no maternal e infantil foram praticamente dizimadas!
Nesse cenário, as escolas que sobreviverão serão as capazes de criar uma nova experiência educacional com conexão e flexibilidade; conduzirem um acompanhamento constante e uma aprendizagem visível; serviço personalizado. As que, também, gerarem um resultado para além da aula; as que investirem tanto na preparação para vestibulares/ENEM quanto no desenvolvimento socioemocional. Estamos falando de uma nova forma de pensar que muda o foco de quantidade de itens ofertados pelas escolas (independente da necessidade do aluno e da família) para um novo futuro com foco no relacionamento e na percepção de valor – ao centro, a experiência que atende necessidades reais de alunos e familiares. O espaço não é apenas a escola; a experiência de estudar se amplia para outros espaços da vida do aluno. O processo deixa de ser obscuro para ser visível. Uma outra forma de valorizar a educação.
Para auxiliar as escolas nesse processo rumo à nova era da educação, a Geekie já tem atuado para tornar a aprendizagem visível, conectada, ativa e personalizada. Com o Geekie One – que alia material didático digital à tecnologia integrada e à prática pedagógica – trazemos integração e fluidez da tecnologia com a mediação do professor. Essa solução não foi adaptada para esse novo momento; ela foi construída pela visão e leitura do futuro que a Geekie sempre teve. Há quatro anos criamos uma plataforma em que cada aluno importa e é enxergado como único; cada escola é vista de acordo com a sua própria realidade. Com isso, oferecemos um planejamento flexível, sobretudo pós-pandemia – um momento em que a escola precisa de soluções que deem suporte à adequação curricular. Com o Geekie One, toda a comunidade escolar é contemplada: professores conseguem elaborar provas, trabalhos e listas de exercícios com alguns cliques; a coordenação, gestão e até as famílias conseguem acompanhar o desempenho e engajamento dos estudantes e das turmas com os relatórios de dados e evidências; e alunos contam com o Plano de Estudos Personalizado para se recuperar de eventuais defasagens ou ir além na aprendizagem.
Nessa funcionalidade específica, estou falando da inteligência artificial usada com intencionalidade pedagógica – um campo no qual a Geekie é referência internacional e já impactou mais de 12 milhões de estudantes ao longo de sua história. Na prática, quando o aluno faz um exercício, uma prova ou assiste a uma videoaula, a plataforma gera dados e identifica as principais dificuldades do estudante. A partir daí, o Geekie One sugere um plano de estudos personalizado com conteúdos e exercícios adequados ao desenvolvimento e à superação dos desafios do aluno e integrado ao planejamento curricular de cada professor de cada área do conhecimento.
Na volta às aulas presenciais, os colégios vão ter que lidar com estudantes em diferentes estágios – há os que se adaptaram com as aulas a distância e assimilaram o conteúdo; outros que não. Com o Geekie One, todos os cenários são contemplados; a solução é, também, a mais eficiente para a “Era do Relacionamento com as Famílias”, porque traz conexão, visibilidade, personalização, resultado, flexibilidade, avaliação e habilidades. Esse é o futuro da educação!
| Claudio Sassaki é mestre em Educação pela Stanford University; graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP) e cofundador da Geekie, empresa referência em educação com apoio de tecnologia no Brasil e no mundo.